Como nasceu o dia do Estudante
No dia 11 de agosto de
1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências
jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este
último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados
em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal,
que abrigava a faculdade mais próxima.
Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
O que é ser "Estudante"?
Será estudante apenas aquele que estuda e
porventura tem avidez de conhecimento, de sabedoria?
Querer saber não é atributo da criança e do
jovem, como do adulto que jovem continua a ser?
Deste pensar, será estudante quem mantiver o
desejo de saber e com o saber o espírito de juventude!
E ser jovem, o que é?
Não é ser idealista e também acreditar em
efêmeras ilusões?
E nessas efêmeras ilusões (ficções ou
miragens), não estão os "seus amores", porventura de breve duração, "como as
rosas de um dia", "perfume de sonho que se sonhou"?
Assim pensando, em dada canção dedicada aos
estudantes, que o mesmo é dizer, aos jovens que o sejam, está dito:
"Quero ficar sempre estudante para eternizar a
ilusão de um instante..."
A pretender-se guardar no sacrário do nosso
ser, esses ideais e sonhos de amor, perdurados pelo tempo fora com espírito
jovem - porque o espírito não tendo corpo não envelhece!
Autor: Prof. Dr. Aureliano da Fonseca
I - Faze da tua crença em Deus e nos destinos
sobrenaturais do Homem a luz que te guiará no meio da confusão dos
desorientados e da corrupção dos costumes.
II - Toma o Brasil que herdaste dos teus
maiores e transmite-o engrandecido e mais belo à geração que te suceder.
III - Imita os heróis da tua Pátria, cultua as
tradições da tua gente, confia nas imensas possibilidades do teu povo,
fala-lhe transmitindo-lhe o fogo do teu ideal; e, falando ou escrevendo,
estudando, ou agindo, crê no futuro do Brasil.
IV - Sustenta o principio da Família e honra a
teus pais. A Família, primeiro grupo natural, é o próprio fundamento da
Pátria e o bom filho será forçosamente bom patriota e saberá um dia
constituir o seu lar com dignidade cristã e sentimento de responsabilidade
histórica.
V - Sê honesto em tudo o que pensares,
disseres ou fizeres. Reflete antes de dares a tua palavra e, se a
empenhares, cumpre-a, ainda que isso te custe o maior sacrifício. Evita,
pois, prometer o impossível e considera desonroso prometer e não cumprir.
VI - És estudante e deves estudar; és moço e
podes divertir-te; lembra-te, entretanto, de que és também brasileiro e
deves uma parte do teu tempo aos interesses da tua Pátria.
VII - Honra o diploma que um dia conquistares,
mas não o coloques acima do teu saber.
VIII - Não permitas que o profissional elimine
o Homem que vive em ti.
IX - Nos exames e concursos, nas empresas que
empreenderes e nas funções que desempenhares, se não puderes ser o primeiro,
procura aos menos ser um dos primeiros.
X - Jamais coloques as conveniências da tua
carreira política, profissional ou social acima da tua trajetória moral e
espiritual, em que o vulgo talvez não te perceba, mas em que te elevarás aos
olhos de Deus, engrandecendo-te ainda perante a Posterioridade.
XI - Lembra-te sempre de que a verdadeira
grandeza está na virtude e não no êxito dos negócios ou da carreira, porque
os bens do mundo são inconstantes e podes perdê-los, ao passo que os bens
acumulados em ti mesmo à custa de aperfeiçoar-te no saber e na dignidade,
nenhuma força conseguirá destruí-los.
XII - Nunca julgues o valor dos homens pelo
poder ou pelas honrarias que desfrutam; julga-o, antes, pelo teor do
caráter, que se revela na coerência das atitudes, na humilde simplicidade ao
colher o lucro da vitória e na calma viril ao sofrer o peso da derrota.
XIII - A altitude de uma montanha só se avalia
do alto de outra montanha; eleva-te portanto, moralmente, e só assim poderás
ter noção exata da grandeza ou da mesquinhez dos homens do teu tempo.
XIV - Não te impressiones com a riqueza dos
ricos e o brilho dos que esplendem em altos postos; impressiona-te, sim, com
a sabedoria dos sábios, o heroísmo dos heróis e a santidade dos santos.
XV - Combate todas as normas ditas do direito,
originadas pela imposição da força; cultua a verdadeira justiça, que se
funda na razão e se inspira nos valores espirituais. Contribuirás, assim,
pelo predomínio do moral sobre o material, para que reine a verdadeira paz
entre as pessoas e as nacionalidades.
XVI - Prefere a minoria esclarecida à maioria
inconsciente e cega pelas paixões e interesses transitórios.
XVII - Habitua-te a consultar o mais íntimo da
tua consciência , a fim de que te não iludas por alguma voz que te engana
falando em lugar dela, nas horas em que te deixas levar pelas paixões ou
pelo desejo de desempenhar um bonito papel cortejando a fácil popularidade.
XVIII - Não sejas como os ignaros, que se
guiam pelos títulos de jornais escandalosos e dão crédito, sem nenhum exame,
ao que está em letra de forma.
XIX - Ensina o povo a raciocinar; é esse o
meio de o libertar dos tiranos, dos aventureiros, e mistificadores.
XX - Evita a demagogia balofa, o palavreado
sonoro e vazio, a literatura banal, os tropos oratórios sem conteúdo; fala
quando tiveres o que dizer e dize-o com sinceridade, porque a força do
discurso está na convicção do orador.
XXI - Arranca a juventude da disponibilidade,
da inércia, da indiferença que a aviltam faze-te apostolo, dissemina
entusiasmo, mobiliza os da tua idade para a obra fascinante da construção
nacional.
XXII - Estuda os problemas nacionais, tendo em
vista que não , existem problemas isolados, pois todos se conjugam e devem
ser resolvidos em largo plano de realizações.
XXIII - Entre um lugar no governo e um lugar
honroso na História, prefere este, do qual ninguém poderá remover-te nem
demitir-te, nem aposentar-te.
XXIV - Sê um homem de pensamento, mas um homem
de ação. 0 pensamento para transformar-se em ação precisa, primeiro,
transformar-se em sentimento. Ideia que não é sentida é ideia morta. A ação
é forma objetiva de ideias vivas, oriundas de realidades e criadoras de
novas realidades. Cultiva o ideal, mas sê realista.
XXV - Procura conhecer a fundo a profissão que
abraçares; faze dela um instrumento da tua cooperação na obra da felicidade
humana e da prosperidade da Pátria.
XXVI - Não abdiques nunca a tua personalidade,
para vestir a libré de áulico ou beijar as mãos que distribuem empregos ou
bons negócios em troca da alma dos beneficiados.
XXVII - Combate o burguês que está dentro de
ti. A burguesia não é uma classe, é um estado de espírito. É o conformismo,
o comodismo, o interesse vulgar, o prazer mesquinho, a incapacidade de
ideal, a demissão dos deveres, a submissão ao cotidiano, o fatalismo inerme,
a indiferença criminosa, o abandono a rotina, o egoísmo cego a ostentação
ridícula, a descrença e a incapacidade de ação. Liberta-te desse mal do
século; será o primeiro passo para a libertação de tua Pátria e da própria
Humanidade, hoje oprimida pelos seus próprios vícios.
XXVIII - Não te consumas em elucubrações
estéreis e dúvidas doentias alimentadas por ti mesmo. Entre os negativos e
os dubitativos, sê afirmativo.
XXIX - Primeiro, convence-te; depois,
convencerás aos outros.
XXX - Não te faças escravo do último livro que
leres.
XXXI - Sê brasileiro; não é difícil; basta que
sejas o que és e não o que os estrangeiros e os esnobes, os internacionais e
os cosmopolitas querem que sejas.
XXXII - Pergunta diariamente à tua
consciência: que fiz hoje para enriquecer a minha inteligência, para
aprimorar as minhas virtudes, para beneficiar os meus semelhantes, para
servir a minha Pátria e para agradar a Deus?
XXXIII - Estuda a História do Brasil, não como
um espectador , mas sim como um participante dos acontecimentos por ela
revelados; no momento em que a estudas, constituem uma continuidade da
narrativa heroica:
XXXIV - Aprimora-te na arte de bem falar e bem
escrever a tua língua; um povo que perde a tradição da palavra, acaba
perdendo todas as tradições, porque o idioma vernáculo é o veículo da
História e o instrumento intelectual da sustentação da personalidade de uma
Pátria.
XXXV - Festeja com alegria a ressurreição de
um jovem que estava morto e apodrecia no sepulcro da indiferença, do
desânimo, da dúvida, ou da insensibilidade, porque nesse momento o Brasil
tornou-se mais forte.
XXXVI - Procura, primeiro, compreender, para
depois te fazeres compreendido; se assim não procederes, em vez de atrair,
irritas e longe de conquistar um amigo, arranjarás um inimigo.
XXXVII - Sê cavalheiro na palavra que dizes e
no tom em que a proferes; isso não impede de sustentares as tuas convicções
e terás mais facilidades em transmiti-las.
XXXVIII - Não afirmes em detrimento de outrem
senão aquilo que tiveres como certo e, assim mesmo, quando isso for
necessário para evitar maior mal. Combate a desgraça nacional da calúnia, da
injúria e da maledicência, evitando conversas ociosas a respeito de pessoas.
Eleva o nível das tuas conversações e imprime aos teus debates uma impecável
linha de elegância.
XXXIX - Confessa o teu erro se te surpreendes
errado; não sofismes por vaidade ou mal compreendido amor próprio, a fim de
não passares por desonesto ou pouco inteligente.
XL - Se és incapaz de sonhar, nasceste velho;
se o teu sonho te impede de agir segundo as realidades, nasceste inútil; se,
porém, sabes transformar sonhos em realidades e tocar as realidades que
encontras com a luz do teu sonho, então serás grande na tua Pátria e a tua
Pátria será grande em ti.
Fonte: http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/estudante.htm
meu colgio é otimo
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